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Mostrando postagens de dezembro, 2023

O seio da mulher amada

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Tu gosta, assim?, ele perguntou, massageando o mamilo dela com a língua e os lábios, em círculos e idas e vindas que bem poderiam durar para sempre, até a morte, esta pequena todos os dias invocada pelos ardores que a mulher sentia no profundo do corpo. Humhum, ela respondeu gemendo, agarrada à própria consciência das coisas, por medo de deixar de compreender o que sentia nos seios, enquanto uma espécie lúbrica de desespero crescia no meio das suas pernas. Que biquinho gostoso, ele dizia, que peitinhos deliciosos, continuava, a boca faminta sugando, lambendo e dando mordiscadas. A mulher desfalecia como que perdendo os sentidos, mas sendo arrebatada de volta no último segundo, para outra vez experimentar a luxuriosa tortura à qual era submetida. O homem, apaixonado pela tarefa de adorá-la, não tinha pressa nenhuma, mesmo sabendo da urgência com que a mulher desejava ser tomada por ele. Me come, ela pedia, a voz rastejando em baixíssimos decibéis, feito um arquejo esperançoso à visão do

Oração

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  Convertido em mártir profano Por só conseguir adorar-te, Vejo em cada parte de ti Um sacrário, uma obra de arte. Tudo em ti é pleno e sublime: Os mimosos seios pequenos Prometem um Reino vindouro De eterno prazer, mas terreno; Que novo mistério ancestral À flor da boceta se espera? Ali se venera o milagre De alguma relíquia venérea, Pois a siririca provoca Uma enlevação metafísica E acende a faísca sagrada, Que, além de queimar, purifica; E a fé se aprofunda diante Do vasto ostensório da bunda, Que sagra e circunda o cuzinho, Onde até um descrente comunga.   Não sei mais se santa ou se puta, Mas quando meu pau se levanta, Devoto de tantas delícias, Atiro-me aos pés de Kah Dantas. Poema-presente de um devoto da comunidade @orgasmo.santo