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Quando amei uma mulher

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Q ue não se adore o teu corpo pela metade, eu digo, enquanto contemplo as tuas formas despidas, a gosto das deusas da criação, e entendo que são coisa sagrada - ao tato, ao olhar e ao paladar -, feito a lembrança da tua chegada a este terreno mundano e que certamente foi como a tua chegada ao meu próprio firmamento, atraindo planetas, endoidecendo órbitas e reorganizando galáxias. Tão apaixonada estou, minha língua devastada pela úmida espera nos segundos antes de te poder lamber, os pelinhos nas curvas das panturrilhas, contornando os joelhos e subindo pelas coxas, até que eu levante as tuas pernas e alcance o teu cuzinho, massageando-o devagar, como igualmente faço ao teu sexo - uma deusa instituindo morada na minha boca. Coloco-te de bruços e o formato Dela - da tua bunda - convida-me a tantas e diferentes homenagens, o meu corpo a ponto de se desgovernar em razão dos impulsos febris que este culto me desperta, enquanto levanto o olhar para o espelho e vejo nós duas à luz amarela do