Oração

 


Convertido em mártir profano

Por só conseguir adorar-te,

Vejo em cada parte de ti

Um sacrário, uma obra de arte.


Tudo em ti é pleno e sublime:

Os mimosos seios pequenos

Prometem um Reino vindouro

De eterno prazer, mas terreno;


Que novo mistério ancestral

À flor da boceta se espera?

Ali se venera o milagre

De alguma relíquia venérea,


Pois a siririca provoca

Uma enlevação metafísica

E acende a faísca sagrada,

Que, além de queimar, purifica;


E a fé se aprofunda diante

Do vasto ostensório da bunda,

Que sagra e circunda o cuzinho,

Onde até um descrente comunga.

 

Não sei mais se santa ou se puta,

Mas quando meu pau se levanta,

Devoto de tantas delícias,

Atiro-me aos pés de Kah Dantas.


Poema-presente de um devoto da comunidade @orgasmo.santo

Comentários

  1. Mais um texto que nos faz chegar a outras dimensões! Divino!!!!

    ResponderExcluir
  2. Depois que vi a imagem, não consegui ler nada.

    ResponderExcluir
  3. ORAÇÃO

    Dentro dos teus verdes anos
    ver-te ânus, língua e coração
    mas não verte uma alma
    Deus
    sem um sermão
    que cuide o corpo
    por ser templo
    apanágio da santa inquisição
    Só peço a Deus que não me livre
    é dessa santa aquisição
    de sorver-te dando graças
    cona e bunda, felação
    e ter-te ainda nos teus verdes
    ânus, língua e coração.

    ResponderExcluir
  4. Precisamos dessa liberdade sexual, mas com respeito e admiração, não podemos tratar o sexo apenas o atende gozar, mas sim de contemplar o encontro de corpos no mesmo clímax.

    ResponderExcluir
  5. Ele riu do tremor. As coxas dela tremiam em turnos espaçados...sem pressa. Ela, dona do próprio prazer, se permitia esse luxo: gozar tanto quanto pudesse. Ali, de bruços, a deusa mortal, encerrada em carne, gozo, esperma, e suor, sorria a cada convulsão, saboreando com os lábios fios espessos de felicidade esbranquiçada. No primeiro jato, entre os seios pequenos, ele disse "tua beleza". No segundo jato, contra a epiglote, ele riu alto e disse "teu alimento". No terceiro jato, bem dentro da buceta quente, ele explodiu um "teu merecimento". O quarto jato, intenso, preencheu sem cerimônia o reto, em três golfadas inesperadas. O repuxão que começou na nuca dela, foi se arrastando pela coluna, explodindo cada músculo das costas, contraindo ambas as nádegas, e retorcendo braços e pernas. No ouvido esquerdo dela a voz rouca dele explodia entredentes: "tua busca, teu encontro". Os montes macios e nada tímidos da bunda tremiam felizes com aquela sensação -- e ela sabia que isso, aí, estava além de um simples "amor de pica". Não, pois ela sentia a quantidade, a espessura, e a quentura do líquido seminal preenchendo tudo o que ela era...tudo o que ela queria ser. Puta? Meretriz? Deusa Pagã? Pouco importavam essas etiquetas para ela. Ali era Terra Santa. Sem nomes, sem apegos, sem traições. Ela podia sentir aquele sorriso cruel e sarcástico dele em sua nuca trêmula. Ela podia sentir cada dedo daquelas mãos peludas entrando sem nenhum respeito por todos os seus orifícios, como um artesão ainda insatisfeito com sua obra-prima. Ela podia ouvir o coração obscuro que explodia naquele peito amplo e terrivelmente masculino. Mas ela era Terra Santa. E todo pecado era limpo...ressuscitado...quando em sua forma espessa e esbranquiçada, esse pecado viesse a adentrar no templo, através de todas as suas mais sensíveis portas. Ela já o tinha absolvido nas últimas cinco vezes. E o absolveria mais uma vez, depois que os espasmos diminuíssem. Ela sentiu a felicidade quente escorrendo pela sua boca entreaberta. E então soube. Ela sabia quando leu o primeiro comentário dela. Ela sabia quando voltou a ler...mais tarde à noite, enquanto seus próprios dedos viravam páginas invisíveis de um contrato pré-nupcial que nunca aconteceu. Ela se permitiu gozar três vezes lendo aquilo. E se permitiu gozar nove vezes depois daquilo. E mesmo agora, três semanas depois, ela se permitiu alongar o corpo novamente, para absolvê-lo com o anûs mais uma vez. O pecado dele, rijo, inconsequente, entrou quente e melado. E mesmo com a região dolorida, ela soube que a próxima oração seria a sua preferida. Como foram preferidas todas as orações anteriores. A extensão daquele pecado, a maldade com a qual ela a machucava, aquelas mãos desrespeitosas que faziam de suas ancas reféns de um martírio bem-vindo...revelaram a ela a última Profecia. Aquela que ficaria na agenda por mais tempo que o sacerdote anterior. E então ela gritou o anátema: "Vin Sou!" E então ela mergulhou em um mundo cheio de espasmos e gozos rebeldes, cavalgando por todo o seu corpo-templo. As unhas dela rasgaram o linho suave da fronha...e o ódio dela se transformou em pomba santa que alçou vôo...enquanto a boca cruel dele dizia: "Sim...eu sou...e é por isso que você gosta".

    ResponderExcluir
  6. que bela oraçao a kah dantas... parabens

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Quando amei uma mulher

O seio da mulher amada